O maior escândalo de vazamento de dados do Google 2024, já visto aconteceu em 28/05/2024: documentos internos da engenharia do Google, contendo 2.596 módulos e 14.014 atributos (funcionalidades) relacionados ao seu sistema de busca, o poderoso algoritmo do Google, foram expostos ao público.
O algoritmo de busca do Google utiliza dados de navegação dos usuários, como a quantidade de cliques e o tempo na página, para exibir os resultados; valoriza sites com maior reputação em determinados temas; favorece textos assinados por autores e dá preferência a conteúdos acompanhados de vídeos.
Esse vazamento revelou detalhes fundamentais do funcionamento do algoritmo, algo que sempre foi um grande desejo dos profissionais de SEO. Ter acesso a essas informações é como ter acesso à fórmula secreta da Coca-Cola ou aos ingredientes do molho do Big Mac.
Como Essa Informação Surgiu?
A informação surgiu através de um vazamento de documentos internos do Google, disponibilizados em repositórios do GitHub por uma fonte anônima. Esses documentos incluem informações detalhadas sobre o algoritmo de busca e a API do Google. Inicialmente, esses documentos foram compartilhados com Rand Fishkin, ex-profissional de SEO e referência no mercado. Fishkin convidou Mike King, um especialista em SEO técnico, para analisar esses documentos, que revelam mais de 14 mil características de classificação, como “autoridade do site” e o uso de dados de navegação do Chrome.
Quem Revelou os Dados?
Os dados foram revelados por Erfan Azimi, como mencionado em uma publicação na plataforma X (antigo Twitter) por Mike King. Azimi, posteriormente, confirmou ser a fonte por trás do vazamento dos documentos da API do Google. Em conjunto, Fishkin e King publicaram análises detalhadas sobre esses documentos em seus respectivos blogs, SparkToro e IPullRank.
Podemos Confiar Nesse Material?
Rand Fishkin confirmou que os documentos vazados foram verificados por ex-funcionários do Google. Fili Wiese, ex-analista da área de Search Quality e Engenharia do Google, também reconheceu a autenticidade dos documentos e o repositório onde foram publicados, apontando que o vazamento ocorreu por meio de um bot chamado “yoshi-code-bot”.
O Que os Documentos Revelam?
Os documentos vazados revelam discrepâncias significativas entre as declarações públicas do Google e o que realmente acontece nos bastidores. Por exemplo, enquanto o Google negava utilizar dados de cliques e comportamento de usuários como fatores diretos de classificação, os documentos mostram que esses dados são, de fato, utilizados.
Outro ponto controverso é a existência de uma métrica interna de “autoridade do site”, contradizendo a posição pública do Google de que não existe uma métrica única de autoridade. Além disso, os documentos confirmam a existência de um período de sandboxing para novos sites e a utilização de listas brancas para sites confiáveis em setores críticos.
Os documentos também revelam o uso de dados do navegador Chrome para avaliar a qualidade das páginas e a importância dos “TWIDDLERS” — parâmetros ajustáveis que permitem afinar o algoritmo de busca sem a necessidade de reescrever o código.
Resposta do Google
Em resposta ao blog Search Engine Land, o Google afirmou que as informações vazadas são desatualizadas e fora de contexto. No entanto, o Google não negou a veracidade do material, apenas ressaltou a falta de contexto.
Conclusão
O maior escândalo de vazamento de dados do Google 2024, para os profissionais de SEO, esse vazamento representa uma oportunidade única de entender melhor o funcionamento do algoritmo do Google e ajustar suas estratégias de acordo. É fundamental analisar cuidadosamente essas informações e não tirar conclusões precipitadas, já que os documentos podem estar desatualizados. Seguiremos acompanhando e atualizando este artigo conforme novas informações surgirem.
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